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Assovio

Ninguém abra a sua porta 
para ver que aconteceu: 
saímos de braço dado, 
a noite escura mais eu. 

Ela não sabe o meu rumo, 
eu não lhe pergunto o seu: 
não posso perder mais nada, 
se o que houve já se perdeu. 

Vou pelo braço da noite, 
levando tudo que é meu: 
— a dor que os homens me deram, 
e a canção que Deus me deu.


(Cecília Meireles)

Comentários

  1. Estou a gostar desta sequência! bem escolhidas.
    Bjs

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  2. Pois é...acho q estou me sentindo meio presa... precisando de portas e janelas, rsrs
    bjs.

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  3. Já bri todas as portas e janelas, o ar agora é mais fresco...espero que por aqui também...
    Beijinhos

    ResponderExcluir

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