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Mostrando postagens de novembro, 2010

Passeio pelo bosque

Ontem foi dia de passear pelo bosque Alemão... O que Curitiba tem de melhor são os parques, os jardins bem cuidados, a natureza , as flores. Junto à natureza nos refazemos, nos renovamos para voltar ao cotidiano. Ainda com direito a alimentar nossa criança interior, percorrendo o caminho da estória de João e Maria, chegando a casa da Bruxa, onde se pode ouvir estorinhas contadas pelas próprias. Aqui as bruxinhas são todas do bem. Cercadas por livros e borboletas. O bosque faz parte do projeto Faról do Saber : O  Farol do Saber  é uma rede de pequenas  bibliotecas  espalhadas por diversos bairros de  Curitiba http://pt.wikipedia.org/wiki/Farol_do_Saber “[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece

ENSINAMENTO

Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento. Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo: "Coitado, até essa hora no serviço pesado". Arrumou pão e café , deixou tacho no fogo com água quente. Não me falou em amor. Essa palavra de luxo. Adélia Prado Ler mais:  http://www.luso-poemas.net/modules/news03/index.php?storytopic=47&storynum=60&order=published&mode=1&uid=0&start=0#ixzz160dxbeNC Under Creative Commons License:  Attribution Non-Commercial No Derivatives

TELHA DE VIDRO

Quando a moça da cidade chegou veio morar na fazenda, na casa velha... Tão velha! Quem fez aquela casa foi o bisavô... Deram-lhe para dormir a camarinha, uma alcova sem luzes, tão escura! mergulhada na tristura de sua treva e de sua única portinha... A moça não disse nada, mas mandou buscar na cidade uma telha de vidro... Queria que ficasse iluminada sua camarinha sem claridade... Agora, o quarto onde ela mora é o quarto mais alegre da fazenda, tão claro que, ao meio dia, aparece uma renda de arabesco de sol nos ladrilhos vermelhos, que — coitados — tão velhos só hoje é que conhecem a luz do dia... A luz branca e fria também se mete às vezes pelo clarão da telha milagrosa... Ou alguma estrela audaciosa careteia no espelho onde a moça se penteia. Que linda camarinha! Era tão feia! — Você me disse um dia que sua vida era toda escuridão cinzenta, fria, sem um luar, sem um clarão... Por que você não experimenta? A moça foi tão bem sucedida... Ponha uma telha de vidro em sua vida! Rachel

A Arte de Ser Feliz

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.  Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.  Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tud
Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores. Cora Coralina Uma singela homenagem a minha querida vó Fana pelo seu aniversário. Fique em paz , amada avó.