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Mostrando postagens de setembro, 2010

Obrigado Senhor

Obrigado, Senhor, porque és meu amigo. Porque sempre comigo Tu estás a falar. No perfume das flores, na harmonia das cores e no mar que murmura o Teu nome a rezar. Escondido tu estás no verde das florestas, Nas aves em festa, no sol a brilhar. Na sombra que abriga, na brisa amiga. Na fonte que corre ligeiro a cantar. Te agradeço ainda porque na alegria, Ou na dor de cada dia posso Te encontrar. Quando a dor me consome, murmuro o Teu nome e mesmo sofrendo, eu posso cantar. Escondido tu estás... Vera Lúcia http://www.vagalume.com.br/vera-lucia/obrigado-senhor.html#ixzz10Lhh2NCw Minha querida vó Fana era de uma fé inabalável! Muito me ensinou sobre a vida em sua simples rotina de vida, que  incluia ir à missa todos os dias. Forte e guerreira , a todos tinha uma palavra , um conselho. Sua vida era embasada pela palavra de Deus. Hoje começa a primavera, ver as flores, o verde , sempre me remete a Deus. A mim parece impossível olhar a natureza e não pensar no Criador dela! Obrigado Senh

Quando vier a Primavera

Quando vier a Primavera, Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma. Se soubesse que amanhã morria E a Primavera era depois de amanhã, Morreria contente, porque ela era depois de amanhã. Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo? Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse. Por isso, se morrer agora, morro contente, Porque tudo é real e tudo está certo. Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. O que for, quando for, é que será o que é. Alberto Caeiro

PRIMAVERA

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega. Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores. Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende. Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio d