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Mostrando postagens de outubro, 2010

ANINHA E SUAS PEDRAS

Não te deixes destruir... Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema. E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos. Toma a tua parte. Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede. Cora Coralina   (Outubro, 1981) Deliro com os poemas de Cora, é como se ouvisse novamente minha vó Fana...

Assim eu vejo a vida...

A vida tem duas faces: Positiva e negativa O passado foi duro mas deixou o seu legado Saber viver é a grande sabedoria Que eu possa dignificar Minha condição de mulher, Aceitar suas limitações E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando. Nasci em tempos rudes Aceitei contradições lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo Aprendi a viver.  (Cora Coralina)

Vai menina...

Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente. Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por ti. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça.Não esperes. Promessas, vão e vem. Planos, desfazem-se. Regras, tu as ditas. Palavras, o vento leva. Distância, só existe para quem quer. Sonhos, realizam-se, ou não. Os olhos fecham-se um dia, para sempre. Mas o amor...ah o amor é eterno. E o que importa tu sabes, menina. E o quão isso te faz sorrir. E só. Rita Ramalho
SER MESTRE Tarefa difícil, mas não impossível, tarefa que pede sacrifício incrível! Tarefa que exige abnegação, tarefa que é feita com o coração! Nos dias cansados, nas noites de angústia, nas horas de fardo, de tamanha luta, chegamos até a questionar: Será, Deus, que vale a pena ensinar? Mas bem lá dentro responde uma voz, a que nos entende e fala por nós, a voz da nossa alma, a voz do nosso eu: - Vale sim, coragem! Você ensinando, aprende também. Você ensinando, faz bem a alguém, e vai semeando nos alunos seus, um pouco de PAZ e um tanto de Deus! Aos amados mestre , com carinho
Gosto de imaginar na minha ludicidade poética que somos girassóis humanos, lindas, fartas, ensolaradas, pétalas sutis. É da nossa natureza buscar a luz, e o chamado, intransferível, é tão vital que às vezes até nos tornamos contorcionistas diante das circunstâncias da vida só para nos voltarmos para ela. E o miolo, bordado cheinho de sementes de amor e de lume, é o nosso coração. Ana Jácomo fonte:  http://anajacomo.blogspot.com/

Clareira

Seria tão bom, como já foi, As comadres se visitarem nos domingos. Os compadres fiquem na sala, cordiosos, Pitando e rapando a goela. Os meninos Farejando e mijando com os cachorros. Houve esta vida, ou inventei? Eu gosto de metafísica, só pra depois Pegar meu bastidor e bordar ponto de cruz, Falar as falas certas: a de Lurdes casou, A das Dores se forma, a vaca fez, aconteceu, As santas missões vêm aí, vigiai e orai Que a vida é breve. Agora que o destino do mundo pende do meu palpite, Quero um casal de compadres, molécula de sanidade, Pra eu sobreviver. Adélia Prado foto: http://senhoraaosul.blogspot.com/2010/09/estiagem.html

Ando tão à flor da pele

Ando tão à flor da pele Que qualquer beijo de novela me faz chorar Ando tão à flor da pele Que teu olhar flor na janela me faz morrer Ando tão à flor da pele Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser   Ando tão à flor da pele Que a minha pele tem o fogo do juízo final Um barco sem porto sem rumo sem vela cavalo sem sela Um bicho solto um cão sem dono um menino um bandido Às vezes me preservo noutras suicido Oh, sim, eu estou tão cansado Mas não pra dizer Que eu não acredito mais em você Com minhas calças vermelhas Meu casaco de general Cheio de anéis Vou descendo por todas as ruas E vou tomar aquele velho navio Eu não preciso de muito dinheiro Graças a deus E não me importa, honey                                 Zeca baleiro porque assim o é , hoje...

Ando tão à flor da pele

Ando tão à flor da pele Que qualquer beijo de novela me faz chorar Ando tão à flor da pele Que teu olhar flor na janela me faz morrer Ando tão à flor da pele Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser   Ando tão à flor da pele Que a minha pele tem o fogo do juízo final Um barco sem porto sem rumo sem vela cavalo sem sela Um bicho solto um cão sem dono um menino um bandido Às vezes me preservo noutras suicido Oh, sim, eu estou tão cansado Mas não pra dizer Que eu não acredito mais em você Com minhas calças vermelhas Meu casaco de general Cheio de anéis Vou descendo por todas as ruas E vou tomar aquele velho navio Eu não preciso de muito dinheiro Graças a deus E não me importa, honey porque assim o é , hoje...